quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Beatles e a Preguiça do corpo....

Ouvindo meu novo CD remasterizado, sg.Pepper. 
Fiz uma loucura e comprei na Saraiva o Sg. Pepper, o Revolver, o Abey Road, O rubber soul, The Magical Mistery tour e o White Album.


Em resumo, os CDs que tinha na casa do meu pai, e dos quais sinto uma falta absurda desde que não moro mais com ele...


Sempre me impressiono com A Day In A Life, e suas mudaças bruscas de feeling....


Enquanto isso penso se o meu pé, que eu fiz o favor  de ferrar ontem, pisando errado em uma escada, e descendo 3 degraus atrapalhadamente com ele de lado, apoiado na lateral direita, será capaz de fazer uma aula de dança de salão no sábado e o ballet da faculdade (ah sim, faço dança na UNIVERCIDADE) na segunda.
Não quero, especialmente, perder o ballet.


Porque alguns corpos (o meu certamente) as vezes agem com uma certa auto-sabotagem?
Desde que comecei a faculdade de dança, pincei um nervo na virilha (isso é algo que causa uma dor lancinante quando se põe o pé no chão na parte de trás da perta i-n-t-e-i-r-a),depois tive um torcicolo que durou uns 4 dias (nunca tinha tido um torcicolo tão sério antes), e agora esse pé....
Nunca precisei tanto do meu corpo e ele nunca reclamou tanto.
Acho que tenho um corpo preguiçoso....
No entanto, juro que mentalmente, sou um ser humano trabalhador. Leio livros, os devoro, em pouquíssimo tempo. Mesmo livros chatos. Mesmo as coisas de semiótica, que li quando fazia Teoria do Teatro. Escrevo com uma rapidez maior ainda, que assusta até a minha mãe, critica profissional de uma revista especializada em música clássica.
Então porque essa separação corpo/mente?
Porque não consigo fazer meu corpo ser (só um pouquinho) menos preguiçoso? Só um pouquinho mais parecido com a minha cabeça, que trabalha a mil por hora?
Alguém sabe que remédio se toma para sincronizar cabeça e corpo?

Um comentário:

  1. Acho que a pergunta certa é "porque algumas mentes não trabalham em colaboração com seus respectivos corpos?". Antes de ter um problema no corpo, colocamos objetivos e metas adiante. Via de regra, tratamos o corpo como um servo ou, no máximo, um instrumento. Isso está entre os pressupostos do racionalismo que rege as nossas vidas na modernidade ocidental.
    Há quem diga (Nietzsche, por exemplo) que os estados de consciência, as razões são reflexos das necessidades do corpo.
    Pense na divisão do trabalho entre físico e intelectual, o equívoco disso, quem se beneficia dela...

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